sábado, 13 de junho de 2009

FINALMENTE!

Eu acredito no poder da mente. Apesar de nunca ter usado isto de modo premeditado, metódico, como indicam alguns livros (como “O Segredo” e “A Lei da Atração”), eu acredito sim. E acho que encontrar a minha Brasília 4 portas foi fruto deste poder. Vamos ver se você concorda comigo.
Depois de dois encontros com este raro modelo de Brasa (um deles muito frustrante), qualquer um daria a questão como encerrada e me mandaria procurar outra coisa para fazer. Mas eu queria muito aquilo. Acho que a proximidade na tentativa com Sr. Armando fez com que a vontade aumentasse ainda mais. E aí você começa a pensar em tudo que se pode fazer, todas as possibilidades.
Era dezembro de 2003. Eu comprava jornais toda semana, ligava para os que anunciavam Brasilias e obtinha sempre a mesma resposta: “não, a minha tem duas portas”. Comércio de veículos pela internet ainda era muito insipiente, e não restavam alternativas. Até que um colega de trabalho me indicou uma rua, próxima ao supermercado Extra, onde as lojas vendiam carros com mais idade, fora do fenômeno “semi-novos”...
E lá fui eu, pós-expediente, correr as 12 lojas da bendita rua (havia deixado o Santana no estacionamento do Extra) em busca de um milagre. Claro que não me espantei com o resultado: metade dos vendedores não tinha este modelo, a outra metade nunca tinha sequer ouvido falar em Brasília 4 portas. Sem surpresas, pelo menos até a volta...
Retornando ao estacionamento, lembrei que precisava comprar um desodorante (juro, simples assim). Quando estava entrando no supermercado, encontrei com um colega de Bosch que aguardava numa fila com seu filho para entrar em um brinquedo tipo pula-pula. Detalhe: não era comum este tipo de brinquedo no Extra: tratava-se de um evento especial. E começamos a conversar.
Falávamos justamente da minha "epopéia" em busca da Brasília quando, no final do estacionamento, avistei uma bege e (melhor ainda) vi dois brilhos na lateral. Pensei: caramba, as maçanetas! Interrompi o papo, corri até lá e... era ela: uma Brasília 4 portas! Quase não acreditei! Dei uma olhada rápida, e o carro me pareceu bom. Corri para o outro lado do estacionamento e trouxe o Santana para perto dela. Isto era por volta das 18 hs.
Resolvi “bater plantão” até a chegada do dono. Dei mais uma analisada e, apesar de algumas coisas para fazer, me pareceu um carro interessante. Ainda conversei com mais um cara que passava e me viu “urubuservando” a Brasa. 18:30, 19:00, 19:30 hs, e nada! E o tempo fechando! Nuvens e mais nuvens! Minha preocupação não era a chuva em si, mas a possibilidade do dono entrar no carro e sair correndo sem nem olhar para trás. Ficava pensando em como seria seu dono e o que diria para ele. De repente, um outro senhor, quem sabe...
Foi quando se aboletaram em torno da Brasília quatro rapazes. “Boa tarde! Quem é o dono da Brasília?” – perguntei. O motorista disse que era ele. “Quer vender?” (assim mesmo, na “cara-dura”!). Foi quando ele informou que, na verdade o carro era da irmã dele, mas que acreditava que ela queria vender. Trocamos telefones e, para encurtar a história, uma semana depois eu era proprietário de uma Brasília bege 4 portas 78 à gasolina, com dupla carburação, pelo valor de dois mil reais. Obviamente me senti realizado! E sem saber quanta história ainda estava por vir...