sábado, 11 de julho de 2009

ROXO BERINGELA

Sem dúvida, um dos grandes diferenciais da minha Brasilia e alvo dos mais exacerbados comentários é sua indefectível cor ROXA. Ok, eu pertenço a uma minoria, bem minoria mesmo, subclasse relegada às margens da sociedade que, entre as várias cores presentes neste universo de meu Deus, dá preferência simplesmente à roxa... E isto, muito antes do nosso querido ex-presidente Collor surgir com a "pérola" do "aquilo roxo". Minha mãe já havia detectado esta minha predileção por roxo e suas variantes lilás e violeta quando eu era ainda criança, principalmente quando saíamos para comprar roupas.
Até entendo que esta cor esteja na rabeira da lista das mais lembradas e amadas: é uma cor que, em seus tons mais escuros, remete a eventos fúnebres e de prostração; nas matizes mais claras, é associada à opção homossexual... Sem ignorar ou atacar estas opiniões, eu vejo de um modo completamente diferente: cor elegante, o roxo me passa noção de requinte e classe. É sóbria, mas ao mesmo tempo chama a atenção (se é que isto é possível). E, convenhamos, é uma ótima escolha para quem quer fugir do lugar-comum: a frase "minha cor preferida é roxo" causa espanto e curiosidade em qualquer situação. Quem sabe a nova camisa roxa do Corinthians não popularize a minha preferência e a eleve ao mesmo status do azul ou vermelho?
Hoje o roxo faz parte da minha vida naturalmente: a minha camisa "de sorte", aquela que uso em eventos especiais (como entrevistas de seleção, por exemplo) é roxa. Roxa de botões roxos!... A minha equipe de kart no AMR (http://formula-amr-2009.blogspot.com/) é roxa e, pelo menos até aqui, líder em 2009. Minha família aceita bem a minha preferência e meus amigos associam-na diretamente com a minha pessoa. E voce há de concordar que não poderia ser de outro modo: meu carro tinha que ser roxo!
Respeito quem gosta, quem acha bonito, mas o bege original da minha Brasilia era um tanto comum e sem graça. Quantas Brasilias, Fuscas, Kombis e Variants beges voce já viu rodando por aí? Natural que eu promovesse uma mudança, assim como natural foi a escolha da cor. Para facilitar o trabalho, ideal que a tinta já fosse usada em algum outro modelo: é muito mais simples pedir pela cor "tal" do carro "tal". Encontrei alguns modelos da Ford (Ka, Ranger, Escort "sapão") em um tom de roxo bonito, mas o que me encantou mesmo foi o "beringela" do Corsinha da primeira "fornada", presente também nos seus derivados Sedan, Pick-Up e Wagon.
E para ficar claro que é roxo mesmo (e não azul escuro, como alguns lanterneiros insistem em mencionar), seu nome nos catálogos é "Roxo Rossette". Esta pintura chegou a ser parte de uma reportagem do Motor Extra (Jornal Extra - RJ), com direito a foto e tudo, entre aquelas que transformam um carro em invendável, mencionando também o verde limão e o amarelo metálico do lançamento do Palio...
Que a cor mais associada à Brasa continue sendo o amarelo (salve Mamonas Assassinas!). Que as caras de surpresa e estranhamento continuem se proliferando quando falo dela (e se desfazendo quando a mostro pessoalmente). Brasilia com 4 portas e roxa só tem uma: a minha! E tenho dito!