
Sinal verde, girei o motor e ele pegou, engasgando bastante. Engatei a primeira, acelerei forte, ela andou quinze metros e silenciou novamente... A esta altura, eu já estava no declive das Amoreiras e, com ela desligada, me restou somente seguir descendo a ladeira. O impulso foi o suficiente para chegar na (adivinha?) Sena Auto Center. Sinto que, de certo modo, havia uma relação de amor e ódio entre a Brasa roxa (neste tempo, ainda bege) e esta oficina.
Não pude deixar de ouvir a gozação de Elvis e companhia. Empurramos minha "companheira de aventura" para dentro da oficina, passei todas as coordenadas e fui correndo para o trabalho (sim, apesar desta experiência emocionante, eu tinha que trabalhar!). Claro que, além da gasolina e da bóia do tanque de combustível, aproveitei para acertar mais umas coisinhas nela; afinal, carro velho SEMPRE tem alguma coisinha para fazer. Desta vez, se não me engano, troquei duas rodas que estavam abrindo pontos de ferrugem. Normal...
Nesta história aprendi que nunca se deve confiar cegamente em um carro usado recém adquirido. Desde aquele momento, todos os meus carros ditos "normais", quando comprados, passam logo por uma revisão: óleo, filtros, freios, velas, correia dentada, uma checada na suspensão e na direção, e uma análise "amável" dos pneus, com direito a carinho e tudo. São coisas que, normalmente, tem um custo baixo e, se não forem observadas, podem te deixar na mão, te dar um grande prejuízo ou mesmo causar um acidente.
Obviamente, depois deste episódio, aconteceram alguns outros que me deixaram a pé, mas a chance disso se repetir é cada vez menor. Talvez estejam certos os que dizem que, para tudo (ou quase tudo) na vida, existe uma primeira vez. Para mim, esta foi a primeira, e a primeira pane a gente nunca esquece...
56 abraços!