domingo, 11 de abril de 2010

O RERECOMEÇO

E mais uma vez, a Brasa está na reforma... Desde que eu a adquiri, no final de 2002, vai ser a terceira que envolve trabalho de funilaria e pintura. Na primeira teve o episódio da mudança para o Rio. Na segunda, o sequestro. Que a terceira (e, se Deus quiser, definitiva) não traga "novidades" do gênero!...
Depois do acontecimento da "Maldição da Brasilia Roxa", fui formalmente convidado a retirar a Brasilia do estacionamento da Michelin. E nem posso falar nada do pessoal do BSI (o departamento de segurança patrimonial da empresa): os caras foram super cordiais, compreensivos e ainda me deram um tempo para bater o martelo na questão da reforma. Afinal de contas, o errado era eu. Eu que desse uma solução para o caso. E assim fiz.
Venho há algum tempo pensando em deixar a beringela aos cuidados de uma oficina que fica a poucos metros da Michelin. O que me chamou a atenção lá foi a placa que enunciava os serviços: Lanternagem, Pintura, Fibra de Vidro, Solda... Uma gama de propostas que nem sempre são vistas juntas. O lanterneiro (ou o cara que trata da lataria, para os que não são cariocas entendam) normalmente não mexe com fibra. Se mexe, SÓ mexe com isso. O soldador normalmente não pinta, o pintor não toca na mecânica e assim por diante. Lembro-me que, num passado um pouco distante, meu pai chegou a levar a Brasilia lá, para trocar o "chapéu de Napoleão", e de fato mais de uma pessoa "tocava" a oficina. Talvez isto explique tantas facetas reunidas.
O fato é que meu bólido agora está sob os cuidados de Cláudio, um camarada com cara de gente honesta, que fala pouco e ri pouco, mas que trabalha bem. O bom trabalho de reparo da "cratera lunática" que se formou junto à tampa do motor não me deixa desaboná-lo... Não vou falar de valores (que ficaram dentro do normal), mas a combinação foi a tradicional "metade agora, metade na entrega"; afinal, não quero um "novo Galo" na minha vida. E se o trabalho for bem feito, o irmão dele "ganha" a pintura. Um bom acordo, sem dúvida.

Na conversa, pude ver que ele entende do assunto, e que eu já aprendi um tanto desde que esta "saga brasílica" começou. Mais uma vez as caixas de ar foram condenadas, nem tanto pela ferrugem (como da primeira vez), mas pelo trabalho "esplendoroso" executado na segunda reforma... E no pacote de novas peças, os dois trilhos dos bancos dianteiros serão instalados: assim, poderei adaptar os bancos de Tempra, isto, claro, tão logo encontre duas bases de banco de Brasilia a um preço camarada...

Cláudio começou por sacar os para-lamas (ou paralamas, quem sabe mesmo as novas regras ortográficas?) dianteiros, e uma caça aos buracos de ferrugem começou. Me pediu quarenta dias, que viraram um pouco mais por conta do Carnaval. Sim, quero o carro logo, mas deixei claro para ele que, mais importante que o prazo cumprido, o serviço deve ser bem feito.
O meu objetivo é ser o "chato da vez". Ou seja, qualquer coisa que esteja fora do planejado ou que não tenha ficado bem feito tem que ser acertado. Até porque, é provável mesmo que o irmão de Cláudio fique com a pintura (vi um serviço dele em um Fusca e gostei do resultado). Isto facilitaria as coisas, pois não precisaria remontar o carro para levar para outro lugar, para começar tudo de pintura por lá. Mas vamos passo a passo, e em cada passo tudo tem que estar OK. Afinal, não quero nem ouvir falar de lanternagem/pintura depois que o carro sair de lá...
Por fora, venho tratando de adquirir outros itens que serão usados na fase de montagem. Fiz uma extensa pesquisa por sites de venda de peças e descobri algumas boas opções (no final, segue uma listinha). Adquiri no Guedes & Miranda uma série de itens cromados: churrasqueiras do capô, grade traseira (que cobre o abafador), saidas de ar da coluna traseira, frisos das calhas do teto e os frisos das caixas de ar. Aproveitei e mandei vir também um par de lanternas traseiras fumê, pois as minhas estão bem ressecadas. As polainas de para-choque cromadas eles só tem um par. E ainda falta tanta coisa...
Como disse algum "filósofo automotivo" certa vez, "um carro nada mais é do que um extenso quebra-cabeça (quebracabeça?) de metal, plástico e borracha que, no final, pasmem, ainda anda!" Pois é, meu caros: ô quebra-cabeça mais apaixonante!...

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